Escopo de trabalho: confira o que o síndico pode ou não fazer!

Entender qual é o seu escopo de trabalho contribui para que as funções sejam exercidas de forma correta, trazendo satisfação a todos que são beneficiados por um trabalho bem executado. No caso do síndico, não é diferente. Como essa é uma função que traz desafios no dia a dia, conhecer quais são as funções e o que não é de sua responsabilidade contribuirá para um foco maior nas atividades executadas, além de uma gestão que esteja alinhada ao propósito do cargo.

Inicialmente, deve-se entender que há um escopo preestabelecido. Seguir essas regras vai permitir com que a sua administração seja voltada para o bem-estar dos moradores, além de trazer ganhos para o condomínio como um todo.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para que você entenda o que um síndico pode ou não fazer. Continue a leitura e saiba mais!

O que o síndico não pode fazer?

Antes de abordarmos sobre o escopo de trabalho, explicaremos de forma mais detalhada o que o síndico não pode fazer. Confira, a seguir, quais são esses pontos.

Negligenciar as regras do condomínio

Todo condomínio conta com suas regras preestabelecidas que devem ser respeitadas pelos seus moradores visando o bem-estar coletivo e também contribuindo para uma melhor harmonização entre as pessoas. Assim como nas empresas onde as lideranças precisam ser o exemplo para que seus colaboradores cumpram com as normas preestabelecidas, essa também deve ser uma preocupação do síndico.

Tudo o que é definido na convenção e também no regimento interno deve ser rigidamente obedecido pelo profissional, uma vez que a sua função está em fiscalizar se os moradores estão ou não cumprindo com o que é proposto.

Aumentar taxas condominiais

Além disso, as taxas condominiais não podem ser aumentadas sem antes uma aprovação em assembleia. Para um bom relacionamento com os moradores, o ideal é trabalhar com transparência para que não haja nenhum mal entendido. Atenção: é preciso que o quórum das votações em assembleia seja respeitado para a tomada de decisão.

Expor moradores inadimplentes

Em grande parte dos condomínios há moradores inadimplentes pelas mais variadas razões. Inclusive, em períodos desafiadores da economia nacional e mundial, há o desafio de manter o engajamento dos condôminos no pagamento em dia das taxas preestabelecidas.

No entanto, de forma alguma o síndico pode expôr o nome desses devedores, seja qual for a sua intenção. Além disso, não é permitido que o valor da dívida seja reduzido, uma vez que impactará de forma negativa o caixa do local.

Ignorar requisições dos moradores

É comum moradores colocarem em pauta melhorias que vão trazer ganhos para a sua rotina. Muitas vezes, o que é solicitado pode não ser viável para a aquele momento, seja por falta de verba ou por haver outras prioridades a serem implementadas. Mas essas requisições nunca podem ser negligenciadas, além de não ser indicado deixá-los sem respostas para as dúvidas que vierem a ter.

Outro ponto que merece atenção está relacionado às multas. Só devem ser aplicadas caso haja provas da infração cometida. Caso contrário, pode ocorrer problemas judiciais desse tipo de atitude.

O que está no escopo de trabalho do síndico?

Agora que você já conhece algumas das questões que não podem ser efetuadas por um síndico, chegou o momento de entendermos qual é o escopo de trabalho. Veja!

Cuidar e gerenciar os fundos de reserva

O primeiro ponto de atenção está relacionado ao cuidado e gerenciamento do fundo de reserva. Trata-se de um armazenamento financeiro criado para situações emergenciais, ou até mesmo pensado para futuros investimentos dentro do espaço. Assim, sempre que houver a necessidade de fazer uma obra ou de arcar com algum imprevisto, os moradores não serão prejudicados e nem mesmo sentirão os impactos nas taxas pagas.

Por essa razão, é de responsabilidade do profissional contar com uma boa gestão dessa finança para que a saúde financeira do condomínio.

Cuidar das demandas dos moradores e mediar conflitos

Conflitos são comuns no dia a dia de um condomínio. Desde incômodo com barulho no local até situações de vazamento podem ocasionar em atritos entre os moradores, sendo necessária a intervenção do síndico para que a situação não saia de controle.

Mas atenção: só é necessária a intervenção caso a situação esteja afetando a rotina do prédio. Exemplo: se algum dos apartamentos for mais “animado” e estiver incomodando grande parte dos moradores devido ao som alto, existe a necessidade de tomar uma atitude para não tornar pior essa situação.

Organizar o cronograma de obras e manter os moradores informados

Sempre que houver a necessidade de algum reparo no condomínio ou de até mesmo uma obra maior, ela deve ser aprovada em assembleia, conforme mencionamos. Além disso, é de responsabilidade do síndico manter os condôminos informados sobre o cronograma daquele projeto, quais são as datas previstas, o que será feito em cada uma das etapas, além de informar sempre que algum dos prazos não for alcançado.

Outras atribuições de um síndico

Além de tudo isso que ressaltamos ao longo do conteúdo, existem outras atribuições que devem ser consideradas no escopo de trabalho de um síndico. Entre elas, a necessidade de fiscalizar continuamente a inadimplência e recorrer a ações judiciais caso seja necessário, bem como a organização das reuniões de assembleia para manter a transparência entre os moradores.

Também é necessário garantir que eles sejam notificados de qualquer situação que traga modificações no dia a dia do local. Lembre-se: a comunicação deve ser priorizada para evitar ruídos e trazer gargalos na rotina. Está no escopo, ainda, a necessidade de coordenar a equipe de funcionários (manutenção, limpeza, portaria, entre outros) e terceirizados, bem como a garantia de que as áreas comuns serão preservadas e usadas de maneira correta pelas pessoas.

Neste conteúdo, você pôde conhecer um pouco mais sobre o escopo de trabalho de um síndico, além de conferir alguns dos pontos que não são de responsabilidade desse profissional. Para manter a administração focada no bem-estar e também sem muitos imprevistos para os moradores, é essencial uma gestão de confiança e excelência. Assim, as pessoas confiarão em seu trabalho, tendo a ciência de que as demandas executadas são em prol da qualidade de vida de todos daquele local.

Deseja se aprofundar no assunto e entender como se tornar um bom síndico? Continue em nosso blog e confira outras dicas que selecionamos!